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Agentes Cancerígenos: como gerenciar e prevenir doenças?

Em um laboratório, mulher de óculos, jaleco e luvas azuis segura um tubo de ensaio e olha para o computador que exibe diagnóstico.

Agentes Cancerígenos: como gerenciar e prevenir doenças?

Os agentes cancerígenos podem estar mais próximos do que podemos imaginar, inclusive em nosso ambiente de trabalho. Até mesmo as ocupações mais comuns podem esconder substâncias químicas potencialmente tóxicas.

Diante de tal risco, a prevenção e a proteção individual e coletiva são indispensáveis para manter o bem-estar e a saúde dentro do ambiente laboral e também fora dele, já que os sinais podem tardar a se manifestar. 

Estar exposto a agentes cancerígenos pode causar certo medo, por isso, buscamos esclarecer alguns pontos e mostrar o que pode ser feito para reduzir as chances de aparecimento de doenças ocupacionais.

Confira a seguir!

O que são Agentes Cancerígenos?

Esses agentes compõem uma lista extensa de substâncias capazes de, quando em contato com o corpo humano, provocar o surgimento de doenças de cunho canceroso, seja ele benigno ou maligno.

Ao contrário do nível de tolerância de outros agentes químicos, essas substâncias cancerígenas não são toleradas, ou seja, não existem níveis seguros de exposição. Portanto, o ideal é que não sejamos expostos a elas. 

Sabemos que essa não é a realidade atual, por enquanto, cabe ao ser humano adotar medidas de prevenção e proteção para que possamos continuar a manipular e usufruir desses elementos sem grandes consequências. 

Quais são os principais Agentes Cancerígenos?

As principais substâncias químicas com potencial cancerígeno pertencem aos grupos dos metais pesados, formaldeídos, agrotóxicos, solventes orgânicos, amianto e sílica.

Além desses, outros diversos e inúmeros agentes podem acelerar o desenvolvimento de um câncer. 

Quais são os maiores riscos dessa exposição?

Algumas pessoas ainda subestimam a exposição a agentes cancerígenos e os tratam como se não fossem perigosos, mas, os efeitos a longo prazo podem ser devastadores para a saúde!

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, estima-se que mais de 400 mil pessoas no mundo morreram no ano de 2005 devido à exposição a agentes químicos nocivos para a saúde, cerca de 70% delas foram vítimas de câncer. 

Esse número pode ser, na verdade, bem maior. 

Isso porque, quando um paciente com câncer chega para tratamento em uma unidade de saúde, pouco se investiga sobre a origem da doença e a ocupação profissional do indivíduo, o que diminui a notificação de casos de viés ocupacional.

Tumores de cavidade nasal, sinonasal, oro e nasofaringe, pâncreas, estômago, esôfago, cérebro, mama, sistema nervoso central, linfoma e mieloma são alguns exemplos do que a exposição a agentes cancerígenos pode gerar.

O mesotelioma, câncer que acomete pulmão e pleura, decorre exclusivamente da exposição ao amianto, por exemplo. A sua evolução dependerá da via de absorção, duração e frequência da exposição. 

Uma exposição de curta duração que seja repetida várias vezes durante diversos anos da vida de um indivíduo pode gerar o mesmo efeito do que uma grande exposição que ocorreu apenas 3 vezes. A diferença será, apenas, quanto à sua velocidade de desenvolvimento. 

Quais ocupações estão mais sujeitas ao Câncer?

Você pode se surpreender com alguns dos resultados que verá aqui. Isso porque, é muito provável que você conheça alguém com uma das profissões a seguir:

  • Cabeleireiro;
  • Maquinista;
  • Minerador;
  • Metalúrgico;
  • Motorista;
  • Pintor;
  • Carpinteiro; 
  • Mecânico;
  • Trabalhador rural;
  • Eletricista;
  • Funcionário de indústria eletrônica;
  • Funcionário de lavanderia;
  • Trabalhador da cadeia de petróleo;
  • Enfermeiro e auxiliar;
  • Farmacêutico;
  • Químico.

Estas são apenas algumas das profissões que mais são afetadas e entram em contato com substâncias químicas cancerígenas durante a sua jornada de trabalho.

Cada qual está exposto a determinados elementos que podem gerar certos tipos de câncer. 

O câncer de mama, por exemplo, pode ser provocado por agrotóxicos, benzeno, campos magnéticos, compostos orgânicos voláteis, hormônios e dioxinas. Substâncias às quais estão expostos os cabeleireiros, enfermeiros e auxiliares de enfermagem.

Já os trabalhadores da indústria petrolífera estão vulneráveis a agentes químicos que podem causar câncer de estômago e esôfago, além de leucemias e mielodisplasias. 

O que a Legislação diz a respeito do assunto?

Apesar de ser um tema importante, a legislação não possui nenhuma norma ou ementa específica para agentes cancerígenos no ambiente de trabalho. Aqui, na verdade, age a NR-04, que determina o grau de risco ocupacional ao qual o trabalhador é exposto. 

A partir dessa determinação, são adotadas medidas preventivas e diretrizes de trabalho, como o pagamento adicional por insalubridade, diminuição da jornada de trabalho e condições especiais de aposentadoria. 

Em caso de ocorrência de câncer com suspeita de origem ocupacional, a VISAT, Vigilância em Saúde do Trabalhador, que compõe o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, irá investigar o caso.

Essa investigação dirá se foram tomadas medidas preventivas durante o período de atividade do colaborador, ou se essas práticas foram negligenciadas, causando a doença. O resultado desse levantamento será importante, podendo condenar a empresa a pagar multas e indenizações. 

Mesmo que não haja uma cláusula exclusiva para os agentes cancerígenos no ambiente de trabalho, as normas regulamentadoras vigentes também abrangem essa categoria. 

Como gerenciar Agentes Cancerígenos e prevenir doenças?

Existem algumas medidas que podem ser tomadas para prevenir e mitigar doenças provenientes do contato com substâncias cancerígenas, como:

1. Controle de Liberação 

Apesar de ser difícil controlar a liberação de uma substância química, para aqueles que trabalham com ela, é preciso tentar. 

O isolamento do setor onde esses elementos são manipulados e processados é uma necessidade, a fim de evitar que se espalhem e se disseminem para o meio ambiente e para outros setores. 

2. Limitação de Exposição 

Não é saudável passar 6 ou 8 horas exposto a substâncias cancerígenas diariamente. 

Por isso, o sistema deve incluir uma determinada rotatividade e um período de desintoxicação, para que o trabalhador não sinta os efeitos exacerbados da exposição. 

3. Uso Correto de EPIs

O uso correto de equipamentos de proteção individual é extremamente importante em casos de exposição a agentes químicos, isso porque, as vias aéreas e a pele são meios de absorção diretos dessas substâncias. 

Logo, o uso de aventais, luvas e máscaras, por exemplo, é essencial.

4. Acompanhamento Médico Ocupacional

Por último, submeta seus funcionários a avaliações médicas periodicamente, isso dirá se as suas medidas de prevenção estão funcionando corretamente ou se precisam de ajustes. 

O acompanhamento também ajudará a empresa e o funcionário a identificarem os primeiros sinais de fragilidade. Isso é importante para que o profissional possa ser designado a outra função até que sua recuperação seja completa. 

Portanto, se você deseja cuidar da saúde da sua equipe, da forma que ela realmente merece, e evitar a exposição desnecessária e/ou exagerada a agentes cancerígenos, conte com os serviços da Clinimed!

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