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Síndrome de Boreout: Você sabia que o tédio no trabalho também é um risco para os seus colaboradores?

síndrome de boreout​

Síndrome de Boreout: Você sabia que o tédio no trabalho também é um risco para os seus colaboradores?

Sim, o tédio no trabalho representa um risco real e crescente para a saúde mental dos colaboradores nas empresas brasileiras. 

A síndrome de boreout, caracterizada pela falta de desafios, monotonia e subutilização das competências profissionais, pode causar impactos significativos na produtividade organizacional e no bem-estar dos funcionários. 

Diferentemente do burnout, que surge do excesso de demandas, o boreout nasce da escassez de estímulos e da percepção de inutilidade das tarefas realizadas.

O que é exatamente a síndrome de boreout?

A síndrome de boreout é um transtorno psicossocial que afeta trabalhadores quando experimentam tédio crônico e desengajamento profissional. 

Este fenômeno ocorre quando os colaboradores enfrentam uma rotina de trabalho monótona, com tarefas repetitivas e pouco desafiadoras, levando à sensação de subutilização de suas habilidades e conhecimentos.

Segundo uma matéria do Terra, a busca por termos relacionados à síndrome de burnout aumentou 37% entre janeiro e julho de 2024, demonstrando o crescente interesse da população por questões relacionadas ao esgotamento no trabalho. 

Embora o boreout seja menos conhecido que o burnout, ambos representam riscos psicossociais significativos para a saúde ocupacional.

O termo boreout deriva da palavra inglesa “bore”, que significa entediar ou causar tédio. Essa condição surge quando há um desequilíbrio entre as expectativas profissionais do colaborador e a realidade de suas funções diárias. 

A síndrome manifesta-se através da desmotivação progressiva, perda de interesse pelas atividades laborais e desenvolvimento de sintomas físicos e psicológicos relacionados ao estresse ocupacional.

Quais são os principais sintomas e sinais de alerta?

Os sintomas da síndrome de boreout podem ser divididos em manifestações físicas, psicológicas e comportamentais. É fundamental que gestores e profissionais de recursos humanos saibam identificar esses sinais precocemente para implementar medidas preventivas adequadas.

Sintomas físicos mais comuns

Os colaboradores afetados pelo boreout frequentemente apresentam fadiga constante, mesmo sem realizar atividades extenuantes. Podem desenvolver dores de cabeça recorrentes, tensão muscular, problemas gastrointestinais e alterações no padrão de sono. 

Esses sintomas físicos resultam do estresse crônico causado pela insatisfação profissional e pela sensação de tempo perdido no ambiente de trabalho.

Manifestações psicológicas e emocionais

Do ponto de vista psicológico, os sintomas incluem sentimentos de inutilidade, baixa autoestima profissional, irritabilidade e mudanças bruscas de humor. 

Os colaboradores podem experimentar ansiedade relacionada ao futuro da carreira, depressão leve a moderada e perda do senso de propósito no trabalho. A autoconfiança profissional diminui gradualmente, afetando outras áreas da vida pessoal.

Mudanças comportamentais no ambiente de trabalho

Comportamentalmente, observa-se redução significativa da produtividade, procrastinação excessiva, aumento do absenteísmo e tendência ao isolamento social no escritório. 

Os colaboradores podem apresentar resistência a novas responsabilidades, demonstrar desinteresse em reuniões e projetos, além de manifestar atitudes de cinismo em relação às metas organizacionais.

Como o boreout impacta a produtividade e os resultados empresariais?

O impacto da síndrome de boreout nas organizações é multifacetado e pode comprometer seriamente os resultados empresariais. A compreensão desses efeitos é essencial para que as empresas reconheçam a importância de investir em programas de prevenção e identificação precoce desse transtorno ocupacional.

A redução da produtividade é o efeito mais imediato e mensurável do boreout. Colaboradores desmotivados tendem a realizar suas tarefas de forma mecânica, sem criatividade ou engajamento, resultando em diminuição da qualidade dos entregáveis. 

O tempo gasto em atividades não produtivas aumenta substancialmente, impactando negativamente os indicadores de performance organizacional.

Além disso, o boreout contribui para o aumento da rotatividade de funcionários, gerando custos elevados com processos seletivos, treinamentos e perda de conhecimento institucional. 

A síndrome também afeta o clima organizacional, uma vez que colaboradores desmotivados podem influenciar negativamente o ânimo da equipe, criando um ambiente de trabalho menos colaborativo e inovador.

Os custos indiretos incluem maior incidência de licenças médicas, aumento dos gastos com planos de saúde corporativos e potencial exposição a riscos trabalhistas relacionados ao adoecimento ocupacional. 

Empresas que não abordam adequadamente o boreout podem enfrentar dificuldades para atrair talentos qualificados e manter sua reputação como empregadoras atrativas no mercado.

Qual a diferença entre boreout e burnout?

Embora ambas as síndromes representem riscos psicossociais no ambiente de trabalho, é crucial compreender suas diferenças fundamentais para implementar estratégias de prevenção adequadas. 

Esta distinção permite que profissionais de saúde ocupacional desenvolvam abordagens específicas para cada situação.

O burnout caracteriza-se pelo esgotamento físico e mental causado pelo excesso de demandas, pressão constante e sobrecarga de trabalho. Os profissionais afetados pelo burnout frequentemente trabalham além de suas capacidades, enfrentam prazos irreais e lidam com volumes excessivos de responsabilidades. 

Por outro lado, o boreout surge da falta de desafios, monotonia das tarefas e subutilização das competências profissionais.

Enquanto o burnout é amplamente reconhecido e discutido nas organizações, o boreout permanece menos conhecido, apesar de seus impactos significativos. 

As estratégias de prevenção também diferem substancialmente: o burnout requer medidas de redução de carga de trabalho e melhor gestão do tempo, enquanto o boreout demanda enriquecimento das funções, criação de desafios e oportunidades de desenvolvimento profissional.

Como os programas de saúde ocupacional podem identificar e prevenir o boreout?

Os programas de saúde ocupacional desempenham papel fundamental na identificação precoce e prevenção da síndrome de boreout. Através de abordagens sistemáticas e ferramentas especializadas, é possível detectar sinais de risco antes que se desenvolvam quadros mais graves.

A implementação de avaliações periódicas de riscos psicossociais permite identificar colaboradores em situação de vulnerabilidade. Essas avaliações devem incluir questionários específicos sobre satisfação no trabalho, percepção de desafios profissionais e alinhamento entre competências e responsabilidades. 

Entrevistas individuais com profissionais de saúde ocupacional podem complementar essas ferramentas, oferecendo espaço seguro para que os colaboradores expressem suas preocupações.

Estratégias preventivas eficazes

As estratégias preventivas mais eficazes incluem:

  • Redesenho de cargos e funções para aumentar a variedade de tarefas e responsabilidades
  • Implementação de programas de rotação de atividades para evitar monotonia
  • Criação de projetos especiais que permitam aos colaboradores utilizarem diferentes habilidades
  • Estabelecimento de metas desafiadoras mas alcançáveis que estimulem o crescimento profissional
  • Desenvolvimento de planos de carreira claros que ofereçam perspectivas de crescimento
  • Promoção de atividades de capacitação e desenvolvimento de novas competências

O monitoramento contínuo através de indicadores como níveis de engajamento, absenteísmo e feedback dos colaboradores permite ajustes nas estratégias implementadas. A criação de canais de comunicação abertos facilita a identificação de situações de risco e permite intervenções precoces.

Proteja sua equipe com as soluções especializadas da Clinimed

A prevenção e o tratamento adequado da síndrome de boreout requerem expertise especializada e abordagem multidisciplinar. 

Nossa equipe de profissionais qualificados em saúde ocupacional está preparada para auxiliar sua empresa na implementação de programas eficazes de identificação e prevenção de riscos psicossociais.

Oferecemos avaliações completas de ambiente de trabalho, desenvolvimento de protocolos personalizados de monitoramento da saúde mental dos colaboradores e treinamentos específicos para gestores sobre identificação precoce de sinais de boreout. 

Nossos serviços incluem também consultoria especializada para redesenho de processos organizacionais que promovam maior engajamento e satisfação profissional.

Através de nossa abordagem integrada, combinamos conhecimento técnico em medicina ocupacional com estratégias inovadoras de gestão de pessoas, garantindo resultados sustentáveis para sua organização. 

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