CLINIMED SAÚDE OCUPACIONAL

Qual o impacto da exposição ao ruído no ambiente de trabalho?

Funcionário trabalhando na casa de máquinas de uma empresa, fazendo o uso de EPI adequado para proteger-se da exposição ao ruído no ambiente de trabalho.

Qual o impacto da exposição ao ruído no ambiente de trabalho?

A exposição ao ruído no ambiente de trabalho pode trazer inúmeros danos à saúde do trabalhador, desde efeitos relacionados ao aumento de estresse, até a perda ou redução da audição.

O ruído é um agente muito encontrado nos locais de trabalho, e se engana quem acredita que ele só está presente em fábricas e indústrias. 

Fatores como: avenidas movimentadas; ar condicionado; sirenes; motores; podem ser capazes de prejudicar o rendimento e a concentração do trabalhador, por isso devem ser analisados com cautela.

Além disso, nos termos da legislação vigente, é responsabilidade do empregador proporcionar um ambiente de trabalho saudável ao funcionário, prevenindo doenças e acidentes ocupacionais.

Quais efeitos a exposição ao ruído podem causar?

A exposição ao ruído ocupacional pode trazer inúmeros problemas de saúde, a depender do nível de ruído, duração, características do ruído e o quanto o indivíduo é suscetível a ele.

O funcionário exposto ao ruído ocupacional, pode apresentar inúmeros problemas de saúde como:

  • Diminuição da qualidade de sono;
  • Aumento da irritabilidade e estresse;
  • Distração frequente;
  • Capacidade reduzida de aprender;
  • Falta de produtividade;
  • Hipertensão;
  • Doença cardíaca;
  • Enxaqueca;
  • Diminuição ou perda auditiva permanente.

A PAIR (perda auditiva induzida por ruído) é especialmente preocupante, pois ela se apresenta de forma gradual, de modo que o funcionário não percebe imediatamente seus efeitos, porém seus danos são permanentes.

Por esse motivo, é importante que os trabalhadores e gestores estejam atentos aos sinais que indicam danos auditivos, como: sensação de zumbido após exposição ao ruído; ouvir pessoas falando, mas ter dificuldade de compreendê-las; e experimentar o sentimento de plenitude nos ouvidos após deixar uma área ruidosa.

Quais são os tipos de ruídos?

De acordo com a NR-15, a qual regulamenta as atividades e operações insalubres, existem três tipos de ruídos sonoros, que merecem proteção no ambiente de trabalho. São eles, Contínuo, Intermitente e de Impacto:

Ruído Contínuo: 

É classificado como um barulho constante, contínuo e uniforme, que não apresenta pausas ou interrupções significativas. É aquele presente no barulho de motor, ar condicionado e máquinas em operação, por exemplo.

Esse tipo de ruído pode ser perturbador ao trabalhador, afetando sua concentração, sono e bem estar.

Ruído Intermitente : 

Ocorre de forma irregular, pois apresenta pausas ou variações da sua intensidade ao longo do tempo. É aquele presente no som de sirene, latido de cachorro e britadeiras em operação, por exemplo.

Devido a sua natureza irritante e imprevisível, que causa constantes interrupções, também afeta o bem estar do trabalhador, interferindo na sua concentração e rendimento.

Ruído de Impacto:

Chamado de ruído de “impacto”, pois apresenta picos de energia acústica, ou seja, um barulho muito alto, por tempo inferior a um segundo, e com intervalos superiores a um segundo. É aquele presente no disparo da arma de fogo, detonações, explosões e de prensas que realizam menos de 30 prensagens por minuto, por exemplo.

Como prevenir doenças causadas pelo ruído?

Inicialmente, para proteger os trabalhadores expostos ao ruído, é necessário realizar um laudo, a fim de conhecer o nível de ruído que o trabalhador é submetido.

Isso porque, de acordo com a normativa trabalhista, é obrigatório medir o nível de ruído (em decibéis) para saber qual o tempo máximo permitido de exposição do funcionário a esse barulho.

Além disso, outras medidas devem ser observadas para proteger a saúde dos colaboradores submetidos a situações de ruído, como o operadores de máquinas e equipamentos, trabalhando em três frentes principais: proteção, conscientização e acompanhamento:

Proteção:

É ideal a elaboração do Programa de Conservação Auditiva se os trabalhadores estiverem expostos a um nível de ruído superior ou igual a média de 85 decibéis.

Neste programa, deve ser realizada a avaliação do nível do ruído no ambiente, com adoção e monitoramento de medidas de proteção auditivas coletivas e individuais.

Além disso, é essencial usar protetores auditivos, e tirar pausas do local ruidoso , como medida de proteção.

Devem ser oferecidos protetores auriculares, que podem ser, desde circum-aurais (fones), elmos e capacetes com fones protetores, e até intra-aurais (plugs de inserção de vários materiais), a depender do ruído e do ambiente.

Educação e treinamento:

Todos os funcionários devem ter o conhecimento da importância da audição, e as implicações induzidas pelo ruído, devendo ser instruídos com relação ao uso do EPI (equipamento de proteção individual), além da higiene na manipulação dos protetores de inserção auricular, a fim de evitarem infecções de ouvido.

Acompanhamento:

É de extrema importância o acompanhamento periódico audiológico dos trabalhadores, a fim de evitar a progressão de eventuais doenças.

Os exames admissionais, demissionais, de mudança de função e periódicos são exigidos pela NR 7, máxime quando se trata de funcionário exposto a situações de risco, como os ruídos.

Através do exame de audiometria, é possível realizar a detecção precoce da perda auditiva, ao avaliar a audição dos trabalhadores com equipamentos adequados.

Agora que você já sabe a importância do controle do ruído no ambiente de trabalho, com o fim de evitar a exposição dos trabalhadores, conheça a avaliação de ruídos realizada pela Clinimed, uma empresa que possui anos de atuação na área de saúde e segurança do trabalho, com mais de 1.500 clientes em todo o território nacional.

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