Os riscos do amianto já são amplamente discutidos no Brasil, principalmente quando falamos em atividades ocupacionais. O minério conhecido não só por sua abundância, mas também pelo baixo custo de exploração, pode ser o principal causador de doenças graves nos trabalhadores.
Os riscos químicos relacionados ao amianto são inúmeros, não é à toa que ele é considerado um dos principais carcinogênicos ocupacionais. Ainda assim, o Brasil é conhecido como um dos maiores consumidores dos produtos produzidos com esse minério.
Sabendo disso, é possível compreender a importância da adoção de medidas preventivas para colaboradores de empresas que manipulam o amianto. Afinal, a saúde da equipe deve ser garantida para que as atividades industriais possam se manter ativas.
Portanto, o presente artigo tem o intuito de auxiliar você e a sua empresa na compreensão da dimensão dos riscos relacionados e causados pelo amianto, assim como, das possíveis formas de controle, considerando as estratégias de higiene ocupacional. Confira!
O que é amianto?
O amianto é um minério bastante abundante, caracterizado por um conjunto de fibras constituídas por sódio, magnésio, ferro e cálcio. As propriedades físicas e químicas presentes na substância tornam seu uso viável para a indústria, uma vez que possui resistência à chama, é durável, flexível, isolante, entre outros.
Para que serve?
O amianto é utilizado na produção de diversos materiais, sendo os principais deles:
- Telhas de amianto;
- Caixas d’ água;
- Pisos vinílicos;
- Materiais de vedação;
- Discos de embreagem;
- Tubulações.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a produção destes materiais pode ser a responsável por expor ao minério mais de 100 milhões de pessoas no mundo.
A exposição acontece por meio da respiração, onde as fibras de amianto são inaladas e órgãos como os pulmões são lesionados.
Tipos
Existem dois tipos de amianto, o crisotila e o anfibólio. A diferença entre estes está, basicamente, na estrutura da fibra.
Ambos os tipos têm a produção, uso e comercialização proibidos no Brasil, já que existem evidências científicas de que, independente da variedade, o minério possui propriedades cancerígenas. Além disso, não há limites de exposição declarados como seguros.
Riscos do amianto para à saúde
Ainda que o amianto no Brasil seja proibido, existem trabalhadores que têm contato com a matéria-prima. No estado de Goiás, por exemplo, o minério permanece sendo explorado.
Atividades como a remoção e o descarte de materiais também podem fazer com que sua equipe fique exposta ao amianto, o que exige das empresas não só a mensuração dos riscos de acordo com as fases da higiene ocupacional, mas também a adoção de estratégias de prevenção à exposição.
Algumas das principais doenças causadas pelo amianto, são:
- Asbestose;
- Doenças pleurais e do tecido pulmonar;
- Diminuição da capacidade respiratória;
- Câncer de laringe;
- Câncer de ovário;
- Câncer de pulmão;
- Mesotelioma;
- Espessamento do diafragma.
Como alguém pode ser exposto ao amianto?
Se os funcionários de sua empresa trabalham com remoção, descarte ou mesmo exploração de amianto, você precisa saber que isso pode causar danos para além do ambiente ocupacional.
O contato também pode prejudicar familiares e amigos dos colaboradores, uma vez que as roupas são agentes de exposição. Moradores de áreas próximas a indústrias ou locais de descarte também têm chances de serem acometidos por doenças relacionadas ao amianto.
Do mesmo modo, vale salientar que mecânicos, funcionários de manutenção industrial e de construção civil têm chances de apresentarem sintomas dessas mesmas doenças.
Discussões sociais-políticas
Ao longo do tempo, o amianto foi pauta de inúmeras discussões sociais e políticas, responsáveis por causar entraves que duram até os dias de hoje, mesmo anos depois do início dos impasses.
Embora existam estudos aprofundados sobre o assunto, os dados das ocorrências de doenças no Brasil ainda podem estar dispersos. Diante disso, não há nada mais eficaz do que considerar a saúde dos trabalhadores e tomar as medidas adequadas, a fim de garantir sua segurança.
Formas de se prevenir
A forma de prevenção mais eficaz quando falamos de amianto é cessar completamente o seu uso. No entanto, a norma regulamentadora nº 15 oferece orientações capazes de reduzir a exposição ao minério, assim como, de auxiliar em seu descarte.
O uso de equipamentos de proteção individual é imprescindível para os trabalhadores, sendo necessários, principalmente:
- Macacões de proteção para o corpo todo;
- Luvas apropriadas;
- Máscaras com respiradores;
- Botas de segurança.
É essencial que sua empresa cobre os colaboradores e fiscalize se os EPI’s estão sendo utilizados corretamente.
Descarte
A equipe responsável pelo descarte ou remoção de materiais com amianto deve, além de utilizar EPI’s adequados, evitar que os materiais sejam quebrados, não espalhar resíduos de amianto com vassouras ou máquinas de limpeza, embalar o material em um saco adequado e identificá-lo com a letra ‘a’ minúscula.
O amianto é um resíduo altamente perigoso, portanto, é preciso seguir exatamente o que manda a legislação, a fim de prevenir que a saúde dos trabalhadores e de todos os que podem ter contato de alguma forma seja prejudicada.
Existem substitutos para o amianto?
Sim, existem diversos substitutos mais saudáveis para o amianto. A fibra de vidro, o PVC, a lã de rocha, o alumínio e as fibras de aramida são alguns dos principais exemplos.
É bem provável que o uso do amianto realmente seja cessado nos próximos anos no Brasil, já que este é um problema de saúde pública.
Ainda assim, sua empresa precisa estar por dentro das formas de proteger os colaboradores, garantindo sua saúde e bem-estar enquanto a utilização e manipulação do minério continua a ocorrer.
Portanto, se você deseja assegurar as melhores condições de trabalho para a sua equipe, evitando a exposição a materiais tóxicos como o amianto, não perca tempo e conheça o programa de higiene ocupacional da Clinimed!